• Post published:18 de Janeiro, 2017
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– Dia Internacional do Riso –

"Certa vez, na proximidade da época balnear, meus primos contrataram uma nova empregada doméstica, desconhecedora, como é natural, de aspectos práticos da vida da família.

No primeiro dia de praia, a nova empregada recebeu instruções para passar os fatos de banho por água doce. Ora, a água que a rapariga conhecia era a da chuva, dos poços, do rio e agora a da torneira. Apenas essa. No mar nunca tinha entrado para lhe tomar o sabor.

“Ó Maria sempre passaste os fatos de banho por água doce?”, perguntou a patroa.
“Ó minha senhora não consegui. O açúcar era pouco para a água do tanque! Pus o que havia, provei, mas não ficou doce!”.
“Ó Maria, Maria, parece impossível, mas nunca ninguém te ensinou o que é água doce?!”.
A rapariga, no fundo, estava cheia de razão. Quem é que se lembraria de chamar doce à água canalizada e sensaborona da Figueira da Foz?! Ele há coisas!"
in "Histórias a Amarelo e Preto", de Jorge Varanda

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