Descrição
Maria Luísa Bastos Bouza Serrano partilha nesta obra “(…) memórias que estavam há séculos muito bem arquivadinhas” e que maneira saborosa de o fazer partilhando os seus escritos do Facebook de 2023 salpicados de imagens. São recordações, ponderações, emoções, partilhas que cruzam os dias em registo diarístico.
A autora nestas páginas estende em tom coloquial:
A História de uma época faz-se com a junção dos infinitos milhões de micro-histórias daqueles que nela viveram.
(…)
O que aqui vos apresento é um conjunto de escritos que publiquei, no Facebook. É verdade, é assim mesmo. Durante muitos anos recusei fazer parte desta comunidade, não achava nisso nenhuma vantagem. E foi em busca de uma vantagem que decidi mudar de ideias. Talvez devido à forma pouco atrativa como o fiz, confesso que obtive muito pouco daquilo que procurava com a referida adesão.
Em 2018, mais exatamente em outubro, publiquei, com uma colega, uma coletânea de textos de História de Portugal, escritos por portugueses, e não só, com o título Como Fomos, Assim Estamos começando com um texto de Fernão Lopes, sobre o século XIV, e terminando com um texto de Vicente Jorge Silva, de 2018. Os textos publicados, entre estas balizas, cobrem os respetivos séculos da nossa História, em mais de 600 páginas. Para promover este nosso trabalho, abri uma página no Facebook, em nome do livro, e só lá publicava excertos de textos nele contidos. Falhei nesta tentativa, não consegui promover o nosso trabalho, apesar de alguns comentários simpáticos, sobretudo de amigos.
Em 2022, publiquei, só eu, um livro de memórias, e resolvi então abrir uma segunda página no Facebook, essa em meu nome e com a minha cara, em que fui escrevendo sobre assuntos mais ou menos atuais, geralmente aqueles que, ao longo do calendário, são comemorados cada dia a nível mundial. E aproveitava para mencionar o meu novo livro “Nascida em 1944”. Aí tive um bocadinho mais de êxito, fui encontrando cada vez mais amigos, uns meus conhecidos, outros nem tanto, que foram mostrando curiosidade pelo livro de que eu falava, talvez porque achavam interessante aquilo que eu ia escrevendo.
E a pouco e pouco aconteceram duas coisas: deixei de atualizar a página do outro livro, e tomei tanto gosto na escrita, que até deixei de mencionar o segundo livro, na minha página nova. E, a certa altura, fui tendo amigos a dizer que, com estes escritos, devia publicar um novo livro. E pronto, cá está ele. Não faço ideia como vai ser recebido este meu “2023: Um Ano de Muitas Memórias e de Algumas Sentenças”. Porque sou, geralmente, direta e muito objetiva, dei ao meu trabalho este título, ninguém pode dizer que vai ao engano se por ele se interessar.